quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estrelinhas II

E como o sol, a verdade nascia e brilhava, desaparecendo com a escuridão da ignorância, da falta de conhecimento, da falta de entendimento, onde, sem enxergar, confiaríamos apenas em nós mesmos. As crianças saíam de suas casas seguras por aquela luz, e brincavam aquecidas por ela. Admiravam-na até o último momento e desviavam os olhares dela quando ela atingia seu ápice do meio-dia. Tão bela que constrangia. Tão verdadeira e forte que podia nos deixar cegos. A estrela-guia de nossas vidas, que iluminava todos os caminhos. Luz e energia.

E se alguém lhe desse as costas, veria apenas sua própria sombra. E um ser pequeno mais abaixo agradeceria pela sombra, refresco da vida, descanso da incandescente luz. A sombra que lhe permitiria enxergar mais para o além, não ferindo seus olhos, nem perturbando a visão.

E se esse ser desse as costas e essa sombra, creria que ela iria continuar dando essa sensação de bem estar, encobrindo-o.

Para agüentar a luz intensa da verdade, deve-se estar preparado para vê-la brilhar no nosso céu todos os dias.

E acreditar que pode-se viver apenas de escuridão é acreditar que não existe nada mais além que faça a sombra querida se materializar no chão.



Boa quarta-feira! :D